quarta-feira, 3 de novembro de 2021
quarta-feira, 22 de setembro de 2021
Poliamor
passarinhos se bicando
Damas da noite perfumando
eu aqui orando baixinho
tudo está em movimento...
estamos num relacionamento sério
com a nossa prima Vera
poliamor
Fátima Fonseca.
sexta-feira, 25 de junho de 2021
domingo, 21 de março de 2021
sábado, 13 de março de 2021
Solitude
Kathia Pimentel
Desfaço-me de todas as necessidades
Para manter-me, no mínimo, ao longe
Das febris exigências de um tempo inglório
Quero voar acima de todo incômodo
Fugir das palavras vãs e mórbidas
Soadas em estridentes falsetes
A invadir tímpanos e sonhos
Desfaço-me de toda urgência
Que a tantos falta o imprescindível
Nem um sonho para tornar verdade
Embriago-me nos agudos das alcateias
A enfrentar tempos desconhecidos
Esqueço-me no cuidar das plantas
No brilho óbvio das noites enluaradas
Até que nasça a trêmula palavra
Que reconheça a solitude
Do que tenho para viver hoje.
terça-feira, 9 de março de 2021
sexta-feira, 5 de março de 2021
quinta-feira, 4 de março de 2021
segunda-feira, 1 de março de 2021
TE AGUARDO num verso desesperado de uma canção Neruda. No The End de uma última sessão de cinema. Nas cores da tarde de uma aquarela tardia. TE AGUARDO nos rabiscos secretos de um diário abandonado, TE AGUARDO no lado obscuro da lua, nas esquinas de amores clandestinos, na caligrafia aflita do adolescente percorrendo o labirinto do amor impossível, no beijo proibido no escurinho do cinema. TE AGUARDO no entardecer dos olhos, na noite que finda os olhos, no ocaso do olhar TE AGUARDO, TE AGUARDO.
RONALDCLAVER, FEV.2021
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Ela embrenhava no milharal por onde rastejavam as melancias. Lá na roça, longe dos produtos industrializados, minha avó nos surpreendia com aquelas bonecas de espigas nas mãos. A melancia vermelha tão doce só ela sabia escolher. E os frutos de época, chegavam até nós para falar de amor. Baixinha, magrinha com uma vara tirava os mamões verdes do pé. Lavem as mãos c sabão e vamos fazer anelzinhos. Pedia ela. Só alegria. E cada anel daquela fruta era uma aliança de amor. No tacho transformavam em doce. Existem várias formas de dizer: eu te amo. Fátima Fonseca
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021
Cadê você? – ronaldclaver/janeiro 2021
VIAJANDO NO DORSO DO VENTO OU VELEJANDO AS ONDAS DOS SONHOS?
cadê você?
- NA TRINCHEIRA ENTRE A NUVEM E A MONTANHA OU NA LINHA QUE BORDA O AMOR E A PAIXÃO?
Cadê você?
- Na linha que tece a colcha de saudades ou nos relâmpagos do coração inquieto?
cadê você?
- Na brisa, no vento, no mar ou no verso do poema de amor, ah, o amor?
cadê você?
- Tecendo os fios dos sonhos com as linhas do anoitecer ou acordando os ruídos de um coração à beira de um cais?
cadê você?
- Na ruas do meu corpo, nos navios de meus desertos, nos mares, de minhas montanhas, nos oásis de meus ocasos, ou no pôr do sol de seus poentes. CADÊ VOCÊ?
Ronald Claver
www.ronaldclaver.com.br
domingo, 31 de janeiro de 2021
quarta-feira, 20 de janeiro de 2021
Um amor que so vingou dentro de mim
quinta-feira, 14 de janeiro de 2021
Do interior p capital mineira
Havia um anseio de sumir
segunda-feira, 11 de janeiro de 2021
Minas em Vila Rica. Kleber Auad. Janeiro de 2022.
Há em Minas um calabouço que arrepia, um rio negro que escorre ouro,
Há um silêncio aflito, quando os lombos se cobrem de açoites pesados e frios;
Há um pavor entalado na garganta,
E suspiros noite adentro,
Há traição na cinzenta madrugada, isto não é poesia;
Há um martírio enquanto escrevo essas letras, há na Vila angustia e solidão,
Há uma foice na caserna,
O canto das armas;
Há uma flor à espera de seu amor,(#)
Um risco assumido e vivido,
E há um vazio que ainda não foi preenchido.
(#) Muitos inconfidentes foram deportados para colônias portuguesas, e suas amadas aguardavam suas voltas. O que de fato não aconteceu.
Eterno estar-à-janela. Kleber Auad.
Janeiro de 2021
Este eterno estar-à-janela não foi minha escolha, mas uma imposição alheia.
Vivo a pensar se sou raso, ou se sou fundo;
Se sou vírgula, ou se sou ponto-e-virgula, se sou adjetivo ou se sou adverbio. Suado, choro sobre meus versos.
Um tédio inquieto faz-me pensar: quantos fui e quantos sou hoje? Olha como vai escurecendo.
Tenho sonhado muito nas vagas sombras de luz, recolho-me sonâmbulo antes que a lua adormeça.
Quisera eu construir uma ponte, erguendo-me num nirvana próprio, e como os gatos guiar-me, espontaneamente, em busca de sol e de imaginações.
Kleber Auad