segunda-feira, 1 de março de 2021

 TE AGUARDO num verso desesperado de uma canção Neruda. No The End de uma última sessão de cinema. Nas cores da tarde de  uma aquarela tardia. TE AGUARDO nos rabiscos secretos de um diário abandonado,  TE AGUARDO no lado obscuro da lua, nas esquinas de amores clandestinos, na caligrafia aflita do adolescente percorrendo o labirinto do amor impossível, no beijo proibido no escurinho do cinema. TE AGUARDO no entardecer dos olhos, na noite que finda os olhos, no ocaso do olhar  TE AGUARDO, TE AGUARDO.  


RONALDCLAVER, FEV.2021

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