terça-feira, 31 de dezembro de 2024

2025

 Filipenses 4:7 diz: “A paz que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”. 

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

 Escrevo, 


Porque tu sabes que é de poesia. Minha vida secreta.

Hilda Hilst

sábado, 28 de dezembro de 2024

Feliz ano novo

                       


Um ano de novo em mim.
Que me faz sonhar na vida que escorre
e perder a noção de uma certeza absurda
que mora dentro de mim.
É preciso partir.
É preciso chegar.
Embrulhado de esperança.
E eu aqui a escrever
porque palavra me recicla
neste ir e vir constante.

Adeus Ano Velho.

Feliz Ano Novo!

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Natal

 "Gosto de pensar no Natal como um ato de subversão... Um menino pobre, uma mãe solteira, um pai adotivo... Quem assiste seu nascimento é a ralé da sociedade, os pastores. É presenteado por gente, de outras religiões' (magos, astrólogos). A família tem que fugir e assim viram refugiados políticos. Depois voltam a viver na periferia. O resto a gente celebra na Páscoa... mas com a mesma subversão... sim! A revolução virá dos pobres! Só deles pode vir a salvação! Feliz Natal"

Dom Helder Câmara (1909-1999)

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

 Não tenho mais tanta pressa,

comecei a ser mais gentil com o meu passo. 

Afinal, não há lugar algum para chegar além de mim: 

eu sou a viajante e a viagem.

Ana Jácomo

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Escrever

 


O que seria de mim se não fosse a escrita?

Sem a escrita eu seria Chico Buarque sem a Gota D’água

Espanca sem Florbela

Guimarães sem o Rosa

Solidão sem utopia

Silêncio sem poesia

ff

domingo, 8 de dezembro de 2024

08/12/1894 _ 08/12/1930

 

Eu

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!


Florbela Espanca 

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Escrever

 As vezes escrevo, 

escrevo com desatino 

feito asas com sede de ar 

e semente com fome de terra.

                           Fatima Fonseca

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Natal

 Então é natal?

               

quero um poema

sem algemas

despido de datas

enfeites,

presentes...


apenas justiça

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Escrevo,


Escrevo nas paredes velhas caiadas. 


Seguem-me as palavras

que pastam descalças 

no árido sertão,  

Segue-me o cerrado, 

retorcido,

resistente.

E aos poucos  vou me  escrevendo, gravetando,

de 

verso em verso

sílabas de águas minguadas

assopro seco de poesia.

ffonseca

terça-feira, 12 de novembro de 2024

terça-feira, 5 de novembro de 2024

 "Não me leve a mal

   leve me ao mel"


Esse nó dobrado 

na garganta do tempo 


Numa ponta a realidade

na outra  o devaneio.

E porque a realidade

tem mãos  de ferro,

dentes de leão,

caminha nua e crua aos pés da cova, 


Ela sempre deu um jeito

de flertar com as estrelas,

desaparecer com as nuvens, 

bater asas no céu de um verso. 


Questionam sua lucidez

dizem que é delírio.

ff

domingo, 20 de outubro de 2024

sábado, 28 de setembro de 2024

Votem em mim

Votem em mim


Ando vestida de lua, 

Já bebi leite de estrelas, 

só roubei palavras 

de poetas embriagados

Está declarado: tenho uma rocinha de poemas

Prometo plantar esperanças  

sempre-vivas, 

e proteger os louva-a-deus. 

Meu partido?  O amor

que grita pelo poder.


          *_Fátima Fonseca_*

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Quem sou eu?

 


esses pássaros 
inquietos entre folhas 
que cessam seu canto 
Inseguros com minha aproximação 
me refletem 
me questionam  
quem sou eu?
medo, ventos, prosa e versos
como eu
perdidos nas palavras mortais.

fatima fonseca

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

 


necessário ou ridículo
a verdade é  que ela escrevia
cartas e cartas de amor
calçava o caminho com versos
ladrilhados de desatino e  ternura
havia perdido a discrição
transbordava...
sabes  por que?
apaixonou - se!
Depois tudo foi desacontecendo:
o caminho, o desassossego , o tempo
ela, as cartas e o amor.
ff

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Janela


Ela agora cismou, 

quer entender essa janela 

que abre para a eternidade  

quando o verbo romper 

de mortalidade.

ff

Sol poente

                               

Tenho uma dor amarela
perdida atrás das montanhas.

E como doía o entardecer meu Deus!
Tudo partia para algum canto
tudo curvava para vestir a existência torta de ser
e as horas deitavam caladas, profundas

falo do amanhecer incerto
das buscas em vão
do retorno sem saber para onde
da vaidade audaz que brota nesse deserto

Um pássaro risca o poente rubro.
Ó condor, talvez eu seja o ninho que procuras.
ff

sábado, 31 de agosto de 2024

 Maria é açucarada e João é diabético. Um amor contra indicado, mas quem é que lê a bula?" 

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Um arrependimento:

 Me arrependo por um dia ter chorado por causa de uma pedra.

E você sabe, não é de pedra que estou falando.

Nem por quê
nem para quê
ninguém explica
ff



 Palalavras laqueada de marfim

Palavras com peso e leves para ouvir

mar, chuva, estrelas...

Poesia sem fim

debruço me

ff

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

 Ando com vocação para a leveza  

tenho acumulado silêncios
e amenidades 
às vezes o vento passa
com algumas notas afinadas
convidando ao desassossego
mas só quero  as horas de um lago
com suas águas paradas.
enquanto durar meu querer.
fatima fonseca

segunda-feira, 29 de julho de 2024

    • Eu amo, de qualquer jeito.

    • Eu amo mesmo que seja burro, que escorregue e caia de cara, que erre e se comporte como seres humanos.


Leo Buscaglia

quinta-feira, 25 de julho de 2024

Sou do cerrado

 Ela trás na pele os vetores das jararacas, a seca do cerrado o olhar de desdenho das nuvens que não desaguam, o perfume da fruta nativa, tem notas fá/sol. 

Aqui, acolá

nada a define. Mas sempre barranqueira lapidada de ternuras diaria
FF

 


O verso era um suspiro, um ombro, uma luz a guiar pelo  caminho.
FF

terça-feira, 16 de julho de 2024

 "Quando descobrimos que absolutamente nada é definitivo, inclusive a vida, compreendemos a inutilidade do orgulho, a tolice das disputas, a estupidez da ganância e a incoerência das tolas mágoas"...

Chico Xavier

Demora

 


Escreva devagar

para que as palavras demorem.


Leia uma vez cada estação

para que as palavras sejam como as flores.


Escute o som da palavra dita num sussurro

para que durmas com as fadas.


Nei Duclós

quarta-feira, 10 de julho de 2024

Quando ...

 Quando crescer...

Mas já eram descaminhos do início
e ela ainda hesitava
De repente...
Esperança  acenou
Sim,  é  com você que eu falo
Não espere versar com perfeição.
encontre me na poesia...

ff

Homenagem a Manoel de Barros

 


folheio o livro das ignoranças: 
Afinal tenho uma dor de concha extraviada,  uma dor de pedaços que não voltam. 
Eu sou muitas pessoas destroçados, 
meu olhar tem odor de extinção, 
tenho abandonos por dentro e por fora.
Penso me renovar usando borboleta...
essa que sinto voltejar em mim. 
Nesse virar de paginas com Manoel de Barros.
ff