Esse nó dobrado
na garganta do tempo
Numa ponta a realidade
na outra o devaneio.
E porque a realidade
tem mãos de ferro,
dentes de leão,
caminha nua e crua aos pés da cova,
Ela sempre deu um jeito
de flertar com as estrelas,
desaparecer com as nuvens,
bater asas no céu de um verso.
Questionam sua lucidez
dizem que é delírio.
ff
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