terça-feira, 5 de novembro de 2024


Esse nó dobrado 

na garganta do tempo 


Numa ponta a realidade

na outra  o devaneio.

E porque a realidade

tem mãos  de ferro,

dentes de leão,

caminha nua e crua aos pés da cova, 


Ela sempre deu um jeito

de flertar com as estrelas,

desaparecer com as nuvens, 

bater asas no céu de um verso. 


Questionam sua lucidez

dizem que é delírio.

ff

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