Fátima Fonseca
Tenho
uma dor amarela
perdida
atrás das montanhas.
E como
doía o entardecer meu Deus!
Tudo
partia para algum canto
tudo
curvava para vestir a existência torta de ser
e as
horas deitavam caladas, profundas
falo do
amanhecer incerto
das
buscas em vão
do
retorno sem saber para onde
da
vaidade audaz que brota nesse deserto
Um
pássaro risca o poente rubro.
Ó
condor, talvez eu seja o ninho que procuras.
Fátima,
ResponderExcluirAh, essa dor doida e doída de entardecer e amanhecer incertos! Ah, esse ir e vir sem ter por que, sem ter pra quê! Apesar de tudo, ainda existe um pássaro em busca de um ninho. E você bem diz: existe esperança, apesar de tudo. Etelvaldo.