Emílio Moura
Que consciência dividida
me faz ser dois e, em seguida,
me torna um só, mas sem vida?
Quem me trouxe a este degredo?
Quem me jogou desde cedo
em labirintos de medo?
Que sombra, estigma ou segredo
se grava, trêmulo, a medo,
em minha face plural?
Quem te conta o que não digo
e dorme sempre comigo
sono de pedra e de cal?
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