Maria Apparecida de Mattos
Pela octogésima
terceira vez
pego a
trilha do presépio.
Saudade dos
tempos
em que
levei para o
Menino
o coração
recheado
de chocolate
e açúcar-cande,
granito bruto
de crença,
espáduas indefesas
das chibatadas
da vida.
Preciso de
cajado,
as pernas
bambeiam
e os
pulmões arquejam.
Coração com
algumas cicatrizes
costuradas pela
fé,
granito esculpido
com ferramentas
de dor e
esperança,
entrega pura
na manjedoura
simples,
tão simples
como meu gesto
de amor
neste Natal.
A neve
cobre meus cabelos,
mas o
milagre do Espírito
incendeia-me a
alma.
1º/12/2017
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