sábado, 4 de outubro de 2014

O SONHO DAS ROSAS


Antonieta Borges Alves

Num transporte sublime as rosas encarnadas,
esplêndidas na cor e raras nos perfumes,
no vaso de cristal adormeceram líricas.
Lá fora é claro o céu, e elas enamoradas
pressentem, a sonhar, o festival de lumes
que põem pelos vergéis mil ternuras idílicas.

- Neste mundo haverá mais beleza e harmonia?
Que pincel fixará em traços magistrais
a quietude infinita, a suprema poesia
do sonho que só dura um luar, nada mais?

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