Luz do Cerrado
"Quando nem Freud explica, tente a poesia"
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Mia Couto
Quando já não havia outra tinta no mundo o poeta usou do seu próprio sangue.
Não dispondo de papel, ele escreveu no próprio corpo.
Assim, nasceu a voz, o rio em si mesmo ancorado.
Como o sangue: sem voz nem nascente.
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