quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Celso Mendes





Eu ando a caça de palavras aladas

que possam compor versos planadores

e recheados de desimportância.



Palavras-borboleta, conhecedoras

do voo e da metamorfose,

donas de seu destino.

Não desejo aprisionar significâncias.



Se for à noite,

que sejam palavras vaga-lumes

ou de estrelas falantes.

Estou cansado de opacidades,

de seriedades,

do inútil marrom que não sabe sorrir.



Feliz eu ficaria se delas nascesse

um poema com a mesma inutilidade

dos aviõezinhos de papel,

tantas vezes atirados ao vento

bem de  lá da minha infância... 

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