sábado, 30 de junho de 2012

Florbela Espanca


Poeta

Das almas dos poetas,
Não as entendem ninguém;
São almas de violetas,
Que são poetas também.
Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer,
Ouvem as rosas chorar!
Só quem embala no peito,
Dores amargas e secretas,
É que em noites de luar,
Pode entender poetas.
E eu que arrasto amarguras,
Que nunca arrastou ninguém,
Tenho alma pra sentir,
A dos poetas também!

Nenhum comentário:

Postar um comentário