Quando comecei a escrever
eu era uma lagarta já alfabetizada que rastejava sílabas
no diário para despir sentimentos
do meu casulo
Acumulava esperas
e carregava a dor de uma pedra portuguesa desgarrada,
uma dor de outras pedras que se perderam.
Criaturas desencontradas.
Minha cartilha escolar
já com orelhas de burro
me escrevia cartas de encorajar assinadas por Pedrico.
Escreva! Escrever desacorrenta dizia meu Pedrico.
Obediente, inacabada
segui escrevendo...
Ora poemas ora pedras.
Entre pedras, poemas e inspiração, segue essa poeta do cerrado. Parabéns, Fátima!
ResponderExcluirBem dizia Pedrico: "Escrever desacorrenta", torna as pedras encantadas, transformadas em poesias.
ResponderExcluirParabéns por mais este belo poema.
Etelvaldo.