Neuza Lima
Aceitar a provocação
Da página em branco
Desatar as palavras das correntes
Deixa-las contar dos sentimentos
Que escapam da alma
Derrama-los nas brancas e cálidas paginas
Dar-lhes vida.
Desvirginar uma página em branco
Não pode ser em vão
Puras, incólumes
Merecem líricas emoções
Cruel,
Nem sempre consigo conter
Minhas afiadas palavras
Emocionadas lâminas
Dilaceram o virgem papel
A branca página
Agora é manchada pelo vermelho
Do sangue que corre em minhas veias poéticas.
Sedento da morte daquele branco ameaçador.
O branco da página atormenta-me
É interminável, sem fim.
Por mais que se escreva
Sempre haverá uma pagina em branco a sua espera.
A página em branco é o meu ombro.
ResponderExcluirque lindo
ExcluirAdorei Fátima. Obrigada, você como sempre gentil e incentivadora.
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