domingo, 2 de setembro de 2018

minha rua


                                                Fátima Fonseca

Flores amarelas arrastam esperança sobre a concertina
Aviso rolando no chão:
Cuidado!  Pedra portuguesa desgarrada
O lixo ajoelhado me reconhece
Uma árvore suprimida
e uma plaquinha ao lado
 “dono educado, cão educado”

“mundo vasto mundo” e as moradias se amontoam
umas sobre as outras.  

E aquela mulher na esquina com lápis e papel?
Nada tecnológica. O que escreve?  Vai saber...
Por aqui na minha rua
passam ventos para derrubar folhas

Bem no olho da rua
um mosquitinho flutuante
só de  passagem
eu, vizinhos e você.

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