Marilurdes Nunes
Logo
no primeiro dia, muitas surpresas.
O
professor deu um tema e eu fiquei lá concentrada, tentando escrever alguma
coisa inteligente. Mas os minutos eram escassos.
Pouquinho
depois de lançar o desafio, ele já cobrava resultados.
Meu
caderno estava em branco. Os neurônios talvez estivessem com preguiça,
desacostumados daquele ritmo frenético.
Pensei
com meus botões: - Ninguém consegue produzir nada neste tempo tão curto. Este
professor deve estar biruta.
Mas
ele sabia exatamente o que estava fazendo.
Enquanto
a minha tempestade de ideias não produziu sequer uma faísca, lá no fundo da
sala, alguém disse:
-
Já escrevi. Posso ler?
Olhei
admirada para aquela senhora. Lindos cabelos brancos, com um cacheado natural,
elegante em sua roupa muito bem combinada.
E
os olhos? Duas pedras preciosas,
brilhando com luz própria.
Pensei:
- Não é possível! Como pode alguém escrever alguma coisa que preste em tão
pouco tempo?
Duvidei.
Mas
a senhora em questão me surpreendeu com um texto original, criado assim em um
zás.
-
Quem é essa mulher? Fiquei pensando, curiosa.
Perguntei
a um colega: - Como se chama a colega?
-
Cida.
-
Como é que ela faz isto?
-
Ela é boa de ideias.
Cida
me conquistou assim, na primeira aula.
Passou
a ser, para mim, uma referência.
Gosto
de seus textos e do capricho como apresenta o que produz em casa.
Em
tudo que ela faz, coloca sentimento, experiência, humor e alma.
E
amor também, já que o Bento sempre aparece.
Pelas
lições que você sempre me dá:
Obrigada,
Cida!
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