Homenagem ao Prof. Ronald Claver
autora: Apparecida de Mattos
Não
raro, tenho a
impressão de que
a grande marca
da influência de
Ronald Claver sobre
seus pupilos das
Oficinas de Escrita
pode ser resumida
na expressão: “cultivo
da maluquice”.
Com aquele
seu jeito de
enfant gâté, mas
que não é, quase
cai do boné
quando se recusa
terminantemente a comparar
textos, a fazer
correções, a podar
ou a sugerir,
a ditar regras
gramaticais,a encolher ou
ampliar escritos.
Nos últimos
seis anos, entraram-me
pelos ouvidos e
chegaram-me ao cérebro
dezenas de vezes:
“não censurem”, “estou
acostumado com doideira”,
“deixem a imaginação
falar”, “não planejem
demais”, coisas desse
tipo.
Sem perceber
claramente, fui largando
vírgulas em excesso,
didatismo, quadradice, embora
cometa recaídas. Para
mim, ele é
uma espécie de
guru.
Pois é,
as musas decretaram
que Ronald nasceria
no dia 7
de setembro. Poeta
que se preze
é independente. Se
for também professor,
pratica a pedagogia
da liberdade, da
criação autônoma, da
individualidade consagrada. Poderia
o nosso professor-poeta fazer
anos em outro
dia que não
o dia da
independência da pátria?
Parabéns, mestre.
Obrigada por me
acolher com tanta
generosidade.
7/set./2016
Adorei e assino embaixo, fantásticamente verdadeiro.
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