Era para
ficar azul.
Todos assim
o esperavam.
Piscina de
Olimpíada
tem de
ficar azul.
Teimosa, a
água não queria,
não queria
ficar azul.
Acertou-se em
verde
inspirada na
Amazônia,
desaguada da
bandeira,
do estandarte
da Mangueira,
dos pulos
do louva-a-deus,
apaixonada para
sempre
pelo olhar
de Diadorim.
Feliz a
piscina,
infelizes os
atletas
os cartolas
o público
em geral.
Ciência demorou
gambiarra gorou.
Foi quando
um saí macho
estremunhado de
azul
levantou voo
do galho
da mais
rósea cerejeira
que existia
no quintal
de uma
artista iluminada.
Ganhou o
céu, generoso,
voou voou
e voou
até alcançar
a piscina
birrenta de
verde cor.
Por sobre
as águas abriu
os pincéis
das suas asas.
Quem diz
que saí não
entende
de arte
e de beleza?
18/ago./2016
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