Maria Apparecida de Mattos
Poderia ser uma medusa.Sem cérebro.
Porém não sou.
E meu cérebro fabrica.
Da luz fabrica cores.
E mais: dá-lhes sentido.
Sensação é simples,
diga-o (se puder) a medusa.
Sentido não é simples.
Você que o diga.
Por mim, posso afiançar:
tenho passado a vida
a colher flores vermelhas
vivas e desbotadas.
A chafurdar em lodaçais putrefatos
verdes cadavéricos.
A delirar em azulados
ensopados de promessas.
A trocar de máscara
a cada encontro novo,
amarelo-biliosa,
cor - de - rosa pueril,
pseudosséria amarronzada,
negra chique ou sorumbática. 10/ago./2016
E a colorir sentidos,
seja lá o que isto signifique.
Jura que nunca na vida
tentou matizar algum sentido?
A vida em versos e cores, em sabores e dissabores, amores e dores!
ResponderExcluirColorir sentidos...mesmo não sabendo o que significa. Na prática, amacia o caminho. Lindo poema!
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