José Manuel Teixeira
Trouxeste os sonhos, a planura do ventre,
as madrugadas dos pomares.
E enquanto atravesso o itinerário das palavras,
a maciez diáfana dos teus olhos invade-me a alma,
Repenso o silêncio azulado do espanto
que amacia a rebentação das glicínias.
Lá onde moram os pinheiros mansos
e recebemos a inquietação, o tempo permanece insubmisso:
eu estarei um dia, com o meu corpo,
até à fundura íntima do infinito.
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