Licínia Quitério
Tenho um veleiro amarrado na varanda do olhar. Solto-o no odor salgado das tardes de verão e fico a vê-lo sorrir enquanto cavalga ondas meninas. Elegante e ágil esta nau de inventos, navegando à vista de todas as praias. Sabe de cor seu tempo de passeio, no verso e reverso da rota que traçou. Quando relembro a hora, ele regressa, revigorado, à sua amarração, seu cais, seu porto, seu país. Flor do Mar, meu veleiro, minha terra firme, minha única viagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário