Fátima Fonseca
Um enigmático corvo
despena versos no outono dos meus olhos
negreja o verbo
provoca um remoer de assombro e magia
ela morre...tu
morres...eu morro...
justo hoje,
que uma espécie de medo me subtrai
aliás, agora dei
para ensimesmar-me
com a brevidade da
vida
ou melhor com a morte
asas levantam voos
não! não é mau presságio
beleza e Poe-sia
“há de ser isso e
nada mais “
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