quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Sou lunática



Fátima Fonseca
Uma tristeza áspera
que  me angustia
sempre voa de mãos juntas
para os céus.

No primeiro quarto
a lua me recebe e diz:
Não se exaspere
fique tranaquila.

Quando chego ao último quarto
ela me alerta:
- É preciso alimentar mais poesia.

- Vida complicada pra quê?
se tudo é ilusão
pergunto a lua nova.
- Paciencia! Ela me responde.

A lua cheia divina
derrama sobre mim energia
mesmo eu não sabendo
se sou matéria, vento, perdição...

Não demora
logo um sorriso minguante
se junta a mim
para chorarmos esperança

Mas nada é para sempre
a lua repetitiva ensinar


Nenhum comentário:

Postar um comentário