quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

RETIRANTE


Izabel Hirata
Sou galho de árvore partida
Folha que o vento leva
Areia brilhando na praia
Em noites de lua cheia
Canto, sou ave em retirada
Sou tudo isso, e mais nada

Saio olhando
O que foi minha boiada
Já não me resta mais nada
A não ser engolir em seco um soluço,
e a poeira da estrada.

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