poesia deve ser isso:
o que ferve e congela
o que assombra e desanuvia
o que apaga
e incendeia
acena
à cena vazia
poesia deve ser isso:
o que amálgama e fere
anátema do frio
o que crema e espalha
amassa, esfarela,
e entra no cio
poesia deve ser isso:
morfemas e lexias
qualquer sal
um risco
de difundir
a via
quase
abissal
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