Fátima Fonseca
sou filha do cerrado
tenho arrepiando debaixo da minha
pele
o ruído da serpente rasteando arisca
nas folhas secas do cerrado
nas folhas secas do cerrado
nas raízes os cupins se amontoando
nas solas dos pés o lodo das
pedras escorregadias
nas cavernas dos ouvidos os
estalos de gravetos
nas narinas o cheiro de curral
presa entre os dedos uma esperança verde de liberdade.
nas narinas o cheiro de curral
presa entre os dedos uma esperança verde de liberdade.
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