sábado, 22 de setembro de 2012

Primavera



Primavera
                                                    Fátima Fonseca
  
 sangue verde
pés de barro
 alma vegetal.
desfiz em rosas
no cio da primavera

quem me vê cândida e terna
despertando  admiração 

não faz ideia da minha trajetória
nem das vezes em que pensei desistir
meio a seca, meio as enchentes.

pensei até noutro destino
e me deixar levar pelas águas torrentes

meus espinhos afiados?
deles não desfaço!
são eles meus líricos segredos.

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