Patativa do Assaré
Sou filho das matas
cantor da mão grossa
trabalho na roça
deveras o destino.
A minha choupana
é tapada de barro,
só fumo cigarro
de palha de milho.
Meu verso rasteiro
singelo, sem graça
não entra na praça
no rico saloon
Meu verso só entra
no campo e na roça,
na pobre palhoça
da terra ao sertão.
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