Para poder
morrer
Guardo insultos
e agulhas
Entre as sedas
do luto.
Para poder
morrer
Desarmo as
armadilhas
Me estendo entre
as paredes
Derruídas
Para poder
morrer
Visto as
cambraias
E apascento os
olhos
Para novas vidas
Para poder
morrer apetecida
Me cubro de
promessas
Da memória.
Porque assim é
preciso
Para que tu
vivas.
Viver e morrer, tão próximos. Espaço que se deixa, preenchimento iminente. A força da natureza exige contínuidade.
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