Fátima Fonseca
Sob esta ponte passa o rio
Sena
que um dia abriu os braços
e murmurou:
Em meus lençóis há deleite.
Tenho sombra e flores para
enfeite.
Venha calar suas feridas.
Posso condensar numa só gota
sua vida sofrida.
O silencio amplia o vazio.
O coração da laje começa a
bater
Empalidecida e muda a ponte Mirabeau testemunhou:
Como foi a acolhida para
sempre da rubra estrela pelo rio Sena
naquela tarde de abril.
E a vida se foi com a água
corrente
Num continuo infinito...
escrevendo caminho na cidade
luz.
(dedico ao escritor Paul Celan )
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