sexta-feira, 25 de maio de 2012

IRMANDADE


        
Octávio Paz 

Sou homem: duro pouco
e é desmedida a noite.
Mas olho para cima:
as estrelas escrevem.
Sem entender compreendo:
também sou escritura./
e eis que alguém neste mesmo
instante me soletra.

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