terça-feira, 26 de junho de 2018
Flexível Aço
Lançamento do livro "Flexível Aço" da nossa amiga poeta: Iolanda Braga
Acordei sessenta
Me vi tao cotidiana quanto anônima.
Espreguiço rimas, alongo pensamentos,
penso versos, se a palavra é ausente.
Vísceras vibram delicados poemas.
Quanto tempo demora uma vida pra passar? (Iolanda Braga)
segunda-feira, 25 de junho de 2018
sexta-feira, 22 de junho de 2018
terça-feira, 19 de junho de 2018
Com licença poética
Adélia Prado
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
– dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
segunda-feira, 18 de junho de 2018
escrever
Fátima Fonseca
Dizem que os loucos tem o habito de falarem sozinhos e que também falam sozinhos aqueles que escrevem. Escrevo pouco
porem,
com a mesma necessidade que puxo o ar para os pulmões.
Dizem que os loucos tem o habito de falarem sozinhos e que também falam sozinhos aqueles que escrevem. Escrevo pouco
porem,
com a mesma necessidade que puxo o ar para os pulmões.
poesia
Fátima Fonseca
sou viciada em poesias
por necessidade
e por prazer
e se somos o que consumimos
o que fazemos
o que vivemos
então,
posso dizer com ousadia
que sou
poesia.
sou viciada em poesias
por necessidade
e por prazer
e se somos o que consumimos
o que fazemos
o que vivemos
então,
posso dizer com ousadia
que sou
poesia.
quinta-feira, 14 de junho de 2018
Desejo
Fátima Fonseca
Quero pétalas de poesia
quero a paz reinando no mundo
quero o choro de alegria
Descobri mil desejos no verso:
É ter cá dentro um astro que flameja
É ter garras e asas de condor! (Florbela)
Alem do desejo de ser palavra
sem dor!
Quero pétalas de poesia
quero a paz reinando no mundo
quero o choro de alegria
Descobri mil desejos no verso:
É ter cá dentro um astro que flameja
É ter garras e asas de condor! (Florbela)
Alem do desejo de ser palavra
sem dor!
quarta-feira, 13 de junho de 2018
"Nunca jogue pérolas em porcos"
Fátima Fonseca
Era uma vez Dod um coelhinho que se apaixonou pela porquinha Pink. Dod trabalhou arduamente e presenteou Pink com um anel de ouro que foi colocado em seu focinho. Dod ficou frustrado quando viu o anel sem a pedra, afinal ele não sabia que Pink gostava de fuçar tudo que via pela frente. Desistiu cabisbaixo.
Moral da história: "Nunca jogue pérolas em porcos"
Era uma vez Dod um coelhinho que se apaixonou pela porquinha Pink. Dod trabalhou arduamente e presenteou Pink com um anel de ouro que foi colocado em seu focinho. Dod ficou frustrado quando viu o anel sem a pedra, afinal ele não sabia que Pink gostava de fuçar tudo que via pela frente. Desistiu cabisbaixo.
Moral da história: "Nunca jogue pérolas em porcos"
segunda-feira, 11 de junho de 2018
inspiração X transpiração
Fátima Fonseca.
vamos transpirar
afinal escrever
é lavar chão
para as palavras
transitarem.
vamos transpirar
afinal escrever
é lavar chão
para as palavras
transitarem.
Eu que me Aguente Comigo
Fernando Pessoa
Eu que me Aguente Comigo
Contudo, contudo,
Também houve gládios e flâmulas de cores
Na Primavera do que sonhei de mim.
Também a esperança
Orvalhou os campos da minha visão involuntária,
Também tive quem também me sorrisse.
Hoje estou como se esse tivesse sido outro.
Quem fui não me lembra senão como uma história apensa.
Quem serei não me interessa, como o futuro do mundo.
Caí pela escada abaixo subitamente,
E até o som de cair era a gargalhada da queda.
Cada degrau era a testemunha importuna e dura
Do ridículo que fiz de mim.
Pobre do que perdeu o lugar oferecido por não ter casaco limpo com que aparecesse,
Mas pobre também do que, sendo rico e nobre,
Perdeu o lugar do amor por não ter casaco bom dentro do desejo.
Sou imparcial como a neve.
Nunca preferi o pobre ao rico,
Como, em mim, nunca preferi nada a nada.
Vi sempre o mundo independentemente de mim.
Por trás disso estavam as minhas sensações vivíssimas,
Mas isso era outro mundo.
Contudo a minha mágoa nunca me fez ver negro o que era cor de laranja.
Acima de tudo o mundo externo!
Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim.
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
segunda-feira, 4 de junho de 2018
morrer
Fátima Fonseca
bela
altiva
a flor curva murcha diante da morte
para falar de mim
de você
de todos nos viventes.
bela
altiva
a flor curva murcha diante da morte
para falar de mim
de você
de todos nos viventes.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias
Manoel de Barros
Poderoso pra mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre
as insignificâncias (do mundo e as nossas)
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado e chorei.
Poderoso pra mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre
as insignificâncias (do mundo e as nossas)
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado e chorei.
domingo, 3 de junho de 2018
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