domingo, 12 de maio de 2024

terça-feira, 7 de maio de 2024

Nem por que

nem para que

nem Freud

Eu quero ser para sempre o que ninguém explica.

 Sou temporária 

me viro feito pétalas 

que se abrem para o banho de sol 

tombo como uma semente  

com fome de terra.

ff

terça-feira, 30 de abril de 2024

Homenagem a MBarros

 


folheio o livro das ignoranças: 
Afinal tenho uma dor de concha extraviada,  uma dor de pedaços que não voltam. 
Eu sou muitas pessoas destroçados, 
meu olhar tem odor de extinção, 
tenho abandonos por dentro e por fora.
Penso me renovar usando borboleta...
essa que sinto voltejar em mim. 
Nesse virar de paginas com Manoel de Barros.
FF

domingo, 28 de abril de 2024

Outro ângulo


No crescer da vida, o amor acontece e há quem deseje um amor encaixotado, engaiolado.
Depois, as ilusões vão-se despindo.
Os contos vão  aumentando de páginas. Os poemas vão ficando sem rima. A visão  descobre outro ângulo e tudo vai mudando, desacontecendo,  trocando de vestes, criando asas. Até quem rasteja feito uma lagarta planeja voar. Querem muito mais e, às vezes, nem sabem o que querem. Sabem apenas que esse querer é infinito e não mora onde se morre por amor.
FF

sábado, 20 de abril de 2024

 

Não importa a algazarra,

penas, coco, sujeira...

todos os dias coloco farelos

e a poesia sempre aparece para bicar meu poema

FF

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Sonha

 

Inventa um alfabeto

De ilusões ...

Um á-bê-cê secreto

Que soletras à margem das lições ...


Voa pela janela

De encontro a qualquer sol que te sorria!

Asas? Não são precisas:

Vais ao colo das brisas,

Aias da fantasia.

.

Miguel Torga, in “Diário IX"

domingo, 7 de abril de 2024

Escrevo

 .

     "Quem escreve tricota. Texto vem do latim, "textum", que significa tecido. Com fios de palavras vamos dizendo, com fios do tempo vamos vivendo. Textos são como nós: tecidos que andam".

           Eduardo Galeano

terça-feira, 26 de março de 2024

Escrevo,

 

"Escrever é uma luta contínua com a palavra. Um combate que tem algo de aliança secreta” Julio Cortázar